FIM [2018] com VÃO

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Patrícia: - "Imagina um espaço infinito. Imagina se afundar na escuridão e emitir luz própria. Imagina se perder da forma. Imagina entrar no sonho do outro. Imagina o som. Imagina estar constantemente no encontro. Imagina poder esvaziar-se de si, derramar para fora das bordas". 

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Julia: - "Sem ver o que está fazendo para onde está indo o que vem pela frente. Abismo. Abrir um jogo. Caminhar no escuro. Dançar junto".

Carol: - "Qual é a distância que ainda gera encontro? Estamos no escuro. Sensação de futuro em suspensão. Imaginar nos move". 

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Isis: - "Mergulhar junto. Imaginar. Ouvir sem ver. Embarcar em uma jornada de pouca luz. Criar mundos. Sem fazer do outro nem presa nem manada. Delicadamente. Compor sem saber. Confiar nos encontros e nas sutilezas. Nas distâncias que aproximam. No que brota. Fechar os olhos para reinventar.  No escuro. Imaginar é ação. Enxergar é outra coisa. Intuir é estar com. Seguir uma outra direção cuja distância não sabemos.  Uma luz menor que não cessa de nos fazer ver o pouco que ainda resta para ser visto. Estar longe e perto. E conspirar. Vivendo nossa capacidade de morrer diariamente. Ou ainda de sobreviver. O que aterroriza é a luz que cega". 

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Juliana: - "Que o medo esteja presente, prudente, mas não nos paralise. Que os mundos desviantes não sejam exterminados. Que outro mundo exista. Que a morte nos inspire agir e a vida não tome o rumo único da frustração. É terrível. É o que é e o que virá. Que ainda haja força suficiente para ver no ápice da escuridão da noite o início do amanhecer. Que seja permitido imaginar estar e compor realidades em coletivo para além dos aglomerados sufocantes. Reconhecer o contorno de dentro do outro, encontrar nossos pares e calcular a distância necessária para que os sonhos existam juntos"

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